Temos ouvido cada vez mais sobre como o RH tem se tornado mais estratégico e, naturalmente, isso exige que um bom profissional da área se torne, também, mais protagonista.
Com as novas demandas do mercado, gradativamente, é esperado que o RH reavalie suas práticas, ocupando um espaço no board e trazendo soluções.
Mas o que a reinvenção dos Recursos Humanos realmente indica? Neste artigo, vamos falar sobre como o papel do RH tem mudado dentro das organizações e de que forma agir nesse cenário.
O que é um RH protagonista?
O mundo não é mais o mesmo e nem o RH. Na chamada Nova Economia, sabemos de alguns fatores que influenciam uma nova dinâmica de mercado: tecnologias disruptivas, empresas criativas, aprendizado dinâmico, mudanças constantes… Para citar alguns!
No geral, vivemos em um contexto que pressupõe mais inovação e agilidade. Então, pessoas e organizações estão se readequando não apenas a uma nova realidade, mas a novas necessidades.
E para reagir às demandas e dilemas gerados por essas rápidas mudanças, novas práticas são essenciais para tornar as companhias mais ágeis e inovadoras.
O RH passa a ser indispensável para a construção de empresas com mais inovação, crescimento, unidade e perenidade e isso só é possível através do protagonismo. Mas esse não é um trabalho simples.
De acordo com um estudo publicado pela EY, líderes de RH estão muito menos preparados para lidar com os desafios da Nova Economia do que gestores de outras áreas. Somente 16% dos líderes de RH entrevistados se sentem preparados para um local de trabalho digital, em comparação com 37% dos líderes de outros setores.
Isso significa que o RH precisa aprender a trabalhar de uma forma diferente, adotando tecnologias capazes de acelerar a performance da área e se capacitando para conduzir os processos de transformação nas organizações.
E, assim, surge a necessidade de um RH que atue de maneira protagonista. Um RH protagonista é aquele que se mantém atento a todas essas mudanças e que entende que tem, mais do que nunca, que atuar como parte da estratégia organizacional.
Portanto, essa área é responsável por entender o contexto e propor ações para além do formato tradicional de trabalho, preparando colaboradores para responder às novas demandas do mercado e trazendo resultados para o negócio.
Como ser um RH mais propositivo?
O primeiro passo é uma mudança de mindset a fim de compreender que, nesse momento, o RH deixa de desempenhar um papel de coadjuvante e parte para uma gestão mais participativa e propositiva.
Isso implica em um RH que entende que deve promover as mudanças dentro da organização, envolvendo as pessoas para a cooperação e entendendo a estratégia do negócio.
Tendo isso em mente, dentro desse longo processo, existem alguns caminhos para transformar essa atuação:
1- Conhecer a estratégia do negócio
De que forma é possível ser uma alavanca para a estratégia organizacional sem compreender as necessidades do negócio?
Sem conhecer a fundo a sua organização, o sistema da empresa não fica alinhado à gestão de RH e você passa a ser quem apenas executa demandas sem entender os porquês.
Para ser um RH mais participativo e estratégico, é preciso conversar com pessoas e entender verdadeiramente as dores e pontos fortes do negócio. Dessa forma, o RH consegue, inclusive, consolidar, com fatos e dados, as iniciativas a serem tomadas para apoiar os resultados da empresa.
2- Apoiar a transformação digital
Com as novas tecnologias, inteligência artificial e robotização, como os negócios vão migrar de um mundo tradicional para um mundo digital?
A tecnologia tem mudado vários modelos de negócio e diversas mudanças no mundo corporativo surgem graças a ela. Embora isso possa parecer desesperador para muitos profissionais, é uma mudança inevitável e positiva!
Isso porque, com as novas tecnologias, podemos otimizar experiências e, ainda, baratear vários recursos. Apoiar a transformação digital transforma o mercado e a nova geração de colaboradores já espera por isso!
3- Repensar as práticas organizacionais
Em função dos tópicos anteriores, fica muito clara a necessidade de mudar o antigas práticas. Mas de que forma sair do tradicional, que muitas vezes já funcionam bem, para começar do zero em algo novo e incerto?
Nesse momento, o RH passa a pensar em pontos como: metodologia ágil, gerenciamento de mudanças e conflitos, cultura organizacional e experiência do colaborador. É a hora de trabalhar de forma diferente, desaprendendo para aprender com o novo.
Ao mesmo tempo, essa reavaliação das práticas tradicionais inclui que o RH repense seu próprio modelo operacional, migrando para um paradigma mais flexível, colaborativo e ágil.
Então, além de suportar todas essas mudanças para a organização, o RH deve revisitar a sua própria estrutura e subsistemas para que essa nova dinâmica seja possível.
Quer ser um RH ágil?
Os três pontos abordados são um ótimo ponto de partida para uma prática de RH inovadora. Talvez você ainda sinta alguma resistência, mas acredite: esse momento é extremamente positivo para a área, especialmente pela liberdade de aprender na prática.
Como não temos mais tempo de longos planejamentos e as decisões devem ser mais rápidas, a própria aprendizagem deve ser mais ágil e, com isso, a autonomia é uma necessidade dos profissionais inovadores.
Sei bem que o RH sente uma grande pressão nesse momento. Preparar a força de trabalho para responder às exigências do mercado e desenvolver organizações digitais, ágeis e inovadores, não são desafios fáceis.
E foi pensando em ajudar o RH a assumir essa grande responsabilidade com preparo e segurança, que desenvolvemos a Especialização em RH Ágil. Nela, você aprenderá como pode aplicar ferramentas e preceitos ágeis em seu dia a dia, atuando como um impulsionador do mindset ágil na organização.
Participe da próxima turma do treinamento e conheça os mindsets e tecnologias necessários para um RH protagonista, ágil e que entrega resultados extraordinários!
Por Renato Curi
Sócio-diretor da Crescimentum