Transformação ágil para o RH: novos mindsets e práticas
As mudanças no mundo e na forma de se fazer negócios fazem com que, cada vez mais, se fale na transformação ágil. De acordo com um estudo da PwC, 22% das empresas que mais lucraram nos últimos três anos usaram metodologias ágeis na maioria de seus projetos.
A área de Recursos Humanos sofre uma grande pressão neste momento. Construir organizações digitais, ágeis e inovadoras envolve caminhar em direção a uma posição muito mais protagonista e estratégica. Porém, o RH ainda não está preparado para isso.
De acordo com um estudo publicado pela EY, somente 16% dos líderes de RH entrevistados se sentem preparados para um local de trabalho digital, em comparação com 37% dos líderes de outros setores.
Neste artigo, falo um pouco sobre o contexto de transformações pelo qual o RH transita, sobre métodos agile e, ao final, sobre alguns passos que podem ajudar os profissionais da área a se tornarem mais ágeis. Confira!
Sumário
O mundo acelerado e as transformações profundas nas formas de se fazer negócios e gerenciar pessoas exigem que as empresas se adaptem a novas maneiras de trabalhar, inovando e aprendendo de forma cada vez mais rápida.
É um fato que as novas tecnologias criaram novas demandas. Cada vez mais, o mercado preza por rapidez, inovação, foco em pessoas, colaboração, aprendizado contínuo e diversidade. E isso muda tudo!
Essa nova dinâmica de mercado faz com que a inovação rápida seja, não apenas importante, mas uma necessidade estratégica para as empresas. Então, organizações passam a observar o Vale do Silício para entender suas boas práticas.
Por trás dessas empresas que crescem de maneira exponencial, o gerenciamento de projetos é permeado por práticas ágeis. E, assim, as empresas mais antenadas passam a substituir modelos tradicionais por metodologias mais ágeis.
Na transformação ágil, os métodos são orientados para proporcionar a melhor experiência para o cliente. E como tudo muda o tempo todo, o trabalho se torna mais voltado à adaptação no curto prazo.
Em um mundo dinâmico, organizações se apropriam de ferramentas que otimizam todo o processo, tais como feedbacks constantes, prototipagem rápida, decisões baseadas na equipe e colaboração.
O agile começou como uma resposta ao gerenciamento tradicional de projetos no estilo “waterfall”, ou cascata.
Neste modelo, as entregas consistiam em analisar, planejar sem testar ou mudar o plano. Geralmente, isso trazia surpresas tardias e entregas que não atendiam às metas de negócio nem as necessidades dos colaboradores.
O estilo cascata, no qual todas as decisões difíceis eram tomadas logo no início do processo, funcionaria bem normalmente. Mas, como vimos, a incerteza e agilidade do mundo VUCA mudam tudo. Não existe mais tempo a se perder.
Dessa maneira, processos precisavam ser otimizados e conduzidos de forma mais flexível. Em outras palavras, o cenário exigia um modelo que permitisse mudar de direção no meio do caminho.
Assim, na metodologia ágil, as decisões são tomadas e validadas a todo momento. Esse método gera entregas moldadas por melhorias constantes validadas por feedbacks de usuários. Afinal, entende-se que as coisas mudam constantemente.
No agile, tudo começa na mentalidade, passando para a definição de valores, princípios e desencadeando em novas práticas. Dentro desse processo, o cliente está sempre no centro e a entrega de valor deve ser uma constante.
Então, agilidade é:
Para que isso seja possível, é preciso uma mudança na dinâmica de trabalho. Mais empoderamento na tomada de decisão, aprendizado com erros inéditos, customização, colaboração e lifelong learning passam a fazer parte das organizações.
Embora as organizações entendam que precisam mudar, alguns dos problemas comuns existentes na cultura de empresas brasileiras são:
E isso não é nada ágil! Nesse turbilhão de informações sobre o mundo ágil e métodos como Scrum, Kanban, e tantos outros, um dos grandes desafios é reconhecer que existe uma diferença entre ser ágil e fazer ágil.
O fazer ágil diz respeito a processos que colaboram para uma comunicação mais assertiva, visibilidade aprimorada de processos, elevação da produtividade, adaptação às mudanças de prioridade.
Por outro lado, ser ágil tem muito mais a ver com o mindset agile. Por isso, ser ágil envolve o engajamento dos colaboradores e da liderança em todos os níveis, prezando pela satisfação do cliente e aprendizado contínuo.
O importante é saber que a metodologia ágil, sozinha, não é suficiente para conduzir as organizações diante dos novos desafios. Surge, então, a importância de disseminar o mindset ágil nas empresas. E o RH tem um grande papel nisso.
O RH é uma das áreas mais pressionadas nesse momento porque, além de conduzir a transformação ágil da organização como um todo, tem o enorme desafio de reinventar o próprio RH, tornando-o mais flexível, rápido e propositivo.
Os profissionais de RH são os grandes responsáveis por arquitetar organizações nas quais a mentalidade ágil seja forte. Mas como fazer isso se o RH continua o mesmo? Assim como as demais áreas, o RH deve, também, tornar-se ágil.
Práticas tradicionais de gestão de pessoas não são mais suficientes diante das novas necessidades das organizações. Em contrapartida, a resistência à mudança tem gerado altos níveis de ansiedade e baixos níveis de engajamento.
No mundo ágil, a área de Recursos Humanos precisa se ajustar com flexibilidade às mudanças do mercado e assumir um risco apropriado para que a organização cresça. Mas a maioria dos profissionais ainda se pergunta:
Então, devo simplesmente deixar tudo o que funcionava para trás?
Não é bem assim. Se você sabe que deve fazer algo, mas não sabe nem por onde começar, separei 10 passos que podem te ajudar a se tornar um RH Ágil:
Talvez esse seja um momento de muita incerteza para você, profissional da área, mas o mais importante é estar disposto a se desenvolver constantemente.
Cada vez mais, o saber deixa de ser fixo e, dessa maneira, profissionais de RH que arquitetam organizações preparadas para o futuro, entendem que as pessoas devem ter uma importante competência: o lifelong learning.
Pensando nesse cenário, a Crescimentum desenvolveu o RH Ágil, treinamento destinado a profissionais de RH que buscam implementar a agilidade e aprimorar processos e práticas de RH, gerando mais resultados para o negócio.
Além disso, também contamos com Soluções In Company para apoiar as demandas específicas da sua organização.
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Por Renato Curi, sócio-diretor da Crescimentum
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