Sabia que o burnout é a doença do trabalho em 2022, e prevenir essa síndrome nunca foi tão urgente quanto agora?

Se muitos/as pensavam no esgotamento como um problema individual, agora as coisas mudaram: segundo a OMS, a responsabilidade de gerenciar a síndrome passou a ser também da organização. 

Neste artigo, você verá o que mudou na definição do burnout e como isso afeta diretamente as organizações. Ao final, também trarei algumas dicas de ações que podem ajudar as equipes a não enfrentarem essa síndrome. Vamos lá? 

Mudanças na OMS

Com a nova classificação da OMS, em vigor desde o dia 1 de janeiro de 2022, a Síndrome do Burnout se tornou uma doença ocupacional.

Mas, afinal de contas, o que isso significa? 

Além de clarear que a doença não é sobre pessoas e, sim, sobre o local de trabalho, agora, a síndrome deixa de ser considerada um problema de saúde mental e passa a ser definida como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”.

Ou seja, se antes o esgotamento físico e mental já era um motivo de preocupação para a saúde das pessoas nas organizações, para o engajamento e produtividade, hoje, também é motivo de risco jurídico e financeiro. 

Por que essa mudança?

Segundo levantamento feito pela International Stress Management Association (ISMA) em 2010, o Brasil foi o 2° país com maior prevalência de alto estresse no ambiente de trabalho.

Não é à toa que, de acordo com o Ministério da Economia, de janeiro a julho de 2021, foram concedidos 207 auxílios devido ao burnout. Esse fenômeno causado pelo ambiente de trabalho atinge cerca de 30% dos/as profissionais brasileiros/as.

E o que leva as pessoas a esse ponto de estresse e esgotamento? Uma pesquisa da Gallup, publicada pela Forbes lá em 2019, descobriu as principais razões para isso:

  • Tratamento injusto no trabalho;
  • Alta carga de trabalho;
  • Falta de clareza de papéis;
  • Falta de comunicação e apoio da liderança.

É interessante notar que mesmo a pesquisa sendo um pouco antiga e pré-pandémica, essas causas continuam sendo as mesmas hoje. Por isso, que tal pensar em soluções de prevenção para sua organização e times? 

3 dicas de como prevenir o burnout 

Sabe aquela frase “prevenir é melhor do que remediar”, ela se encaixa perfeitamente nesse contexto. De acordo com a Revista Exame, o burnout custou para empresas cerca de 80 bilhões de dólares em 2020. 

Elenquei 3 maneiras de como você pode prevenir que casos de burnout aconteçam na sua organização ou liderança, inspiradas em um levantamento da Gallup. Dá só uma olhada:

1- Alinhe expectativas 

Sabia que, geralmente, pessoas que se sentem ansiosas apresentam mais sintomas de burnout? Isso acontece, justamente, pela falta de clareza no planejamento e na comunicação. 

Por isso, a liderança deve alinhar as expectativas de ambos os lados; o que a liderança espera da equipe, e o que a equipe espera da liderança: a ansiedade e a pressão tendem a ser menores quando as pessoas sabem o que é esperado delas.

Além disso, ser transparente e vulnerável também ajuda: é normal não ter todas as respostas. 

2- Incentive a vulnerabilidade 

Para ajudar a reduzir a ansiedade e o esgotamento, incentive as lideranças a falarem sobre as esperanças e os medos seus, e dos/as colaboradores e colaboradoras em relação ao futuro. 

Quando líderes expressam sua vulnerabilidade, conquistam a confiança do time, amenizam a ansiedade, aumentam a colaboração e alavancam resultados. 

3- Inspire o autocuidado

Uma ótima forma das lideranças lidarem com o esgotamento nos times é reconsiderando as abordagens de trabalho e políticas relacionadas ao bem-estar e produtividade.

Como o trabalho híbrido requer formas de liderança menos hierárquicas e mais inspiradoras, as lideranças precisam repensar a forma como se conectam e influenciam as equipes, trazendo hábitos mais saudáveis, incentivando o autocuidado e um estilo de vida mais equilibrado.  

Dicas práticas são boas formas de iniciar uma ação efetiva de mudança, mas que tal ir além e desenvolver sua organização nessa e outras temáticas de bem-estar?! 

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Espero que tenha gostado do conteúdo!

Por Marco Fabossi, sócio-diretor da Crescimentum