Os últimos anos mudaram tudo, isso é fato. Os negócios, o modo de trabalhar e as conexões já não são mais como antigamente. Por isso, repensar o futuro do trabalho é crucial nesse momento.
Agora, organizações que querem se superar e prosperar em 2022 terão de responder a uma nova dinâmica de mercado. Mas de que dinâmica estamos falando exatamente?
Neste artigo, você encontra as 5 maiores tendências para o futuro do trabalho, inspiradas em estudos da Korn Ferry, e algumas dicas sobre cada uma delas. Vamos lá?
5 tendências para o futuro do trabalho
Não, as coisas ainda não voltaram ao normal e, de certa forma, nunca mais serão como eram.
Mas com a situação começando a tomar um rumo mais “estável”, alguns fatos começam a ficar mais evidentes e quando analisamos a prioridade das empresas hoje, vemos uma transformação na ordem de prioridades:
- Acima das organizações, estão as pessoas;
- Acima do lucro empresarial está a prosperidade e evolução mútua;
- E, enfim, acima do “eu” está o “nós”.
São esses fatos que influenciam as tendências para o trabalho daqui para a frente e são as organizações que se atentam e respondem a elas que têm as maiores chances de prosperar em novos cenários.
Por isso, quando pensamos em 2022 e falamos sobre o futuro do trabalho, 5 tendências são indispensáveis.
1- Reinvenção
Embora os dois últimos anos tenham sido difíceis, todas as mudanças nos ensinaram a se reinventar e trabalhar de uma maneira totalmente diferente, concorda?
Daqui em diante, uma coisa é certa: o futuro continuará cheio de oportunidades e desafios. O mundo vive em constantes transformações e com o mercado e o trabalho não é diferente.
Mas como se preparar para mudanças tão incertas? Separei 2 fatores que servem como combustível para essas reinvenções e que, com certeza, estarão por trás do que quer que venha a seguir:
1- Trabalho remoto e híbrido
Talvez umas das maiores (se não a maior) mudança que a crise trouxe foi o trabalho remoto. Esse modelo nos mostrou que o trabalho pode ser feito efetivamente – e até mais efetivamente – de qualquer lugar.
Hoje, estamos cada vez mais próximos de um cenário que concilia remoto e híbrido. Segundo a McKinsey, 9 a cada 10 organizações pretendem combinar esses modelos de trabalho daqui em diante.
2- Tecnologia
A Korn Ferry utiliza um termo interessante para definir nossa geração: humanos biônicos. Ou seja, nos tornamos seres humanos com capacidades aprimoradas pela tecnologia.
Esse cenário cria novas oportunidades de como e onde o trabalho é feito. O foco agora é menos na performance individual e mais nas capacidade que as pessoas e as tecnologias podem oferecer para maximizar os resultados.
2 – 3 Rs: Recrutamento, retenção e requalificação
Mais do nunca, as organizações estão percebendo que não se trata mais do “emprego certo para a pessoa certa”. Hoje a grande questão é manter o talento que você tem.
Os dados de uma pesquisa da Korn Ferry evidenciam esse cenário. De acordo com o estudo, 31% dos/as entrevistados/as afirmam que pensam em sair do trabalho, mesmo que não tenham uma outra proposta em jogo.
Além disso, a pesquisa também mostra que 74% dos/as profissionais acreditam que a rotatividade aumentará em 2022.
Justamente por isso, a tendência é que o processo de recrutamento, retenção e requalificação seja mais criativo e humano. Por isso, elenquei essas 2 dicas práticas que podem te ajudar:
1- Crie uma experiência positiva
Uma pesquisa da Korn Ferry revelou que 75% dos/as candidatos/as dizem que é improvável que aceitem um emprego se não se sentirem bem durante o processo de entrevista.
Então, se você quiser garantir os melhores talentos, precisa focar na criação de experiências positivas em todas as fases do ciclo do/a colaborador/a. Dessa forma, você incentiva a fidelidade à marca, o engajamento, a produtividade e a criatividade.
2- Inclusão
Focar na criação de um ambiente mais inclusivo, desde o processo de recrutamento até o cotidiano das equipes é um passo fundamental. Além disso, contar com líderes inclusivos/as, que façam as pessoas se sentirem livres em ser quem são, é uma ótima forma de maximizar o potencial de cada um/a.
3- Saúde e bem-estar
Falar em saúde e bem-estar das equipes nunca foi tão importante quanto hoje. Esse tema está no topo da lista de prioridades de líderes e profissionais de RH por todo o mundo.
Para compensar o impacto negativo da pandemia no engajamento e no desempenho, as empresas precisam colocar o bem-estar das pessoas no centro das discussões e tratá-lo com mais seriedade do que nunca. Para isso, tenha em mente 2 pilares:
1- Torne a organização mais humana
Seja pelo impacto direto da pandemia ou pela flexibilidade do trabalho remoto, nos últimos meses as pessoas começaram a ter mais atenção e preocupação com sua saúde – física e mental. O que também significa que estão mais focadas em organizações que também se importam com isso.
2- Incorpore bem-estar à cultura
E como conseguir trabalhar o tema efetivamente? Adotando-o como parte da estratégia e da cultura da organização, Dessa forma, você consegue criar ações que giram em torno de um propósito maior.
4 – Inclusão
O trabalho em equipe tende a promover resultados mais eficazes, ágeis e criativos e não à toa: umas das tendências para 2022 é a troca de “eu” para o “nós”.
Por isso, construir times realmente diversos é tão importante. Pesquisas mostram que equipes mais diversificadas e inclusivas são melhores em resolver problemas complexos e tomar melhores decisões.
E como fazer isso?
1- Comece pela liderança
Fato: a maneira ideal de começar é pela liderança. Uma boa estratégia de diversidade e inclusão integra a organização como um todo, mas a liderança assume um papel central para geração de resultados efetivos.
Saber aproveitar e alavancar os benefícios de equipes diversificadas pode ser um desafio no início, por isso incentive a liderança a quebrar vieses e preconceitos, construindo uma verdadeira cultura de inclusão, onde todos/as têm voz e se sentem valorizados/as.
2- Treine todos/as
Um bom treinamento de diversidade e inclusão só é eficaz quando faz parte de uma abordagem estratégica de toda a empresa, incluindo tanto a conscientização quanto o desenvolvimento de habilidades. Não se esqueça, é um processo que deve ser acompanhado ao longo do tempo.
5- Empoderamento e confiança
Aposto que lá atrás, quando o trabalho remoto se tornou parte da rotina das equipes, você falou ou, pelo menos, ouviu alguém falar “mas será que as pessoas realmente estão trabalhando?”
Não é de se surpreender que, de acordo com uma pesquisa recente, 78% das empresas estão usando algum tipo de software para medir a produtividade dos times.
Esse cenário chama a atenção para dois detalhes cruciais: confiança e responsabilidade!
Elenquei 2 formas de como lidar com essa tendência:
1- Comunicação transparente
Uma comunicação de via dupla é essencial para criar confiança e transparência nas relações com clientes e equipes. Certifique-se de que todas as decisões e planos de ação estão sendo entendidos corretamente e invista em um canal de comunicação aberto, com feedbacks constantes.
Dessa forma, profissionais saberão exatamente quais são suas prioridades e trabalharão com autonomia e empoderamento para entregá-las conforme os prazos necessários.
2- Foque no “nós”
Como dito antes, uma das mudanças que vimos nos últimos tempos foi a troca do “eu” no centro do debate para o “nós”.
Bons e boas líderes delegam responsabilidades para toda equipe, não assumem tudo para si, gerando mais trabalho em equipe, empoderamento e confiança entre o time.
Sua organização cada vez mais preparada
E aí, o que achou das tendências? O mais interessante para mim é que, em seu estudo, a Korn Ferry destaca algo importante: essas transformações têm mais sucesso quando a estratégia da empresa, propósito e cultura estão alinhados.
Por isso, conhecer as tendências é importante, mas agir frente a cada uma delas é o que realmente trará resultados efetivos no dia a dia das pessoas.
Você pode começar esse processo a partir de um profundo repensar sobre a cultura organizacional, já que ela é a base para que novos mindsets e atitudes aconteçam.
Caso a cultura da sua empresa já esteja alinhada a essa nova estratégia, o ideal é investir atenção a cada uma dessas tendências de forma individual. Clicando aqui, você conhece nossa trilha de cursos abertos, que contempla essas e outras tendências.
Por Renato Curi, Sócio-diretor e Head de Design de Aprendizagem da Crescimentum