Não adianta bater o pé! Se o mundo mudou, o papel da liderança também precisa mudar. E hoje, pra ter sucesso na liderança é preciso aceitar isso e entender que novas habilidades são necessárias.
Se a missão da liderança costumava ser a de definir a visão e a estratégia, e se certificar de que as pessoas certas estavam nas funções corretas, hoje o jogo é bem diferente. As exigências da posição são outras e, consequentemente, as competências também.
Uma pesquisa publicada na Forbes mostrou que quase 80% dos líderes disseram que precisavam se transformar, assim como suas organizações, tornando-se mais adaptáveis e autoconscientes.
Mas isso não acontece de uma hora pra outra, é um processo. Por isso, separei alguns pilares que precisam fazer parte dessa mudança pra que líderes consigam ter sucesso daqui em diante.
3 pilares para o sucesso na liderança
1- Human skills
Esse tema já não é mais novidade aqui, mas mais do que nunca, as tais das human skills são fundamentais para as lideranças. E mesmo já falando disso há um longo tempo, ainda temos um longo caminho a percorrer.
Mas o grande lance aqui é ela: a saúde mental.
E a ideia até que é simples: líderes precisam cuidar mais de si mesmos, porque só assim vão estar prontos e prontas pra cuidarem dos outros. Mas isso não significa que a prática seja, né? Afinal, saber e não fazer é o mesmo que não saber.
Por isso, vale voltar um pouco e lembrar de algumas coisas importantes. Quando falamos de human skills, estamos falando de relações humanas. E qual é a base dessas relações? A confiança!
Para que equipes e líderes consigam cuidar da saúde – física, mental e emocional – é preciso que exista um espaço de vulnerabilidade e esse espaço vem a partir da confiança! Viu como uma coisa está conectada com a outra?
2- Diversidade e Inclusão
Diversidade e inclusão não podem ficar só no discurso, precisam fazer parte da cultura e dia a dia das empresas.
Líderes têm o papel de transformar boas intenções em realidade, alinhando os valores e as perspectivas dos times para priorizar ações e medir o progresso. Por isso, as lideranças precisam se empoderar disso cada dia mais e entender que os times são um reflexo (ou deveriam ser) da sociedade diversa que temos!
E um pilar extremamente importante para que isso aconteça é a segurança psicológica! Sem ela não adianta criar ações e esperar por resultados positivos e consistentes.
Só quando existe segurança psicológica dentro de uma equipe e empresa é que as pessoas se sentem seguras para ser quem realmente são, e liberdade para trazer ideias inovadoras!
Uma pesquisa publicada pela Forbes trouxe alguns dados interessantes. Segundo a pesquisa, há um sinal promissor de que as novas lideranças sejam ocupadas por mulheres ou pessoas negras.
O relatório da Crist Kolder aponta que, dos 682 CEOs analisados, 7,3% eram mulheres em 31 de julho de 2022, uma porcentagem maior do que anos anteriores. Mas, claro, ainda há um longo caminho a ser trilhado.
3- Antifragilidade
Aposto que você já conhecia o conceito de resiliência. O negócio é que, no pós-pandemia, a temática é outra.
Ser resiliente seria voltar ao estado que estávamos antes da pandemia, mas vamos combinar que o cenário não é mais o mesmo e hoje conseguimos perceber que têm muitas coisas melhores, algumas a serem remodeladas e outras que continuamos em busca de soluções. É aí que entra o antifrágil.
Uma liderança antifrágil é aquela que supera desafios e cresce com eles, e não só resolve e volta para onde estava. Justamente por isso, hoje, num mundo que muda o tempo todo, isso é tão importante!
Percebe como ter sucesso na liderança hoje está muito mais relacionado com pessoas do que com capacidades técnicas? Essas pautas não são novas, mas se tornam cada dia mais importantes nos negócios e a liderança precisa ficar atenta a isso.
Espero que esse conteúdo tenha te ajudado a entender melhor sobre o tema e já fica o convite para compartilhar com outros profissionais e líderes que também precisam conhecer esses pilares!
Aliás, sempre compartilho assuntos como esse no meu LinkedIn, é só clicar aqui pra ver. Até a próxima!
Por Marco Fabossi, sócio-diretor da Crescimentum