Você imaginava que 2020 seria um ano de tantas novidades? Começamos o ano tendo em mente algumas tendências de RH para 2020, sem imaginar que seríamos pegos de surpresa com os impactos do Coronavírus.  

Se as coisas mudaram muito no universo do RH nos últimos anos, especialmente agora, com o atual panorama de pandemia, as transformações na forma de gerir pessoas e negócios são intensificadas de forma rápida. 

Hoje, trago algumas das maiores tendências no mercado de RH para a próxima década, a partir dos recentes acontecimentos. Afinal, devemos estar preparados para as mudanças que direcionarão nossa atuação em uma Era de tantas transformações. 

O que há de novo para o RH em 2020?  

Sabemos que os Recursos Humanos estão em constante transformação e desenvolvimento, afinal, as pessoas estão o tempo todo mudando. No mundo ágil e tecnológico em que vivemos, essas mudanças surgem de forma ainda mais rápida. 

Portanto, é preciso estar preparado e atualizado sobre as novas práticas no mundo do RH, para que sua empresa acompanhe o mercado e defina as estratégias da melhor forma possível e de acordo com a realidade da organização. 

Sabemos que, com o surgimento do Coronavírus, muita coisa mudou. Aqui, somos impactados pela transformação nas tradicionais práticas de trabalho, caminhando para ambientes remotos, gestão à distância e uma necessidade latente por engajamento de pessoas.

Diante deste novo cenário, no qual muitas empresas estão aprendendo a trabalhar em home office, o RH passa a ser ainda mais exigido. Cabe à área de Gestão de Pessoas garantir que as organizações estejam preparadas para novas práticas de trabalho.

10 tendências de RH para 2020

Estudando e estando atento às novidades do mercado, destaco 10 tendências de RH para 2020 que são essenciais para um profissional antenado e preparado:

1- Experiência do colaborador

Profissionais de RH atualizados às tendências do mercado, dão cada vez mais importância à experiência do colaborador, porque entendem que as pessoas buscam por um trabalho que vá de encontro com seu propósito e estilo de vida.  

Nesse sentido, um dos pontos simples e que tem ganhado relevância é a flexibilidade do trabalho. O período de quarentena apenas reforçou essa necessidade, forçando a maioria das organizações a aderirem ao home office.

Portanto, vemos uma crescente aderência a co-workings, home office e horários flexíveis, como uma possibilidade de que o colaborador adeque sua agenda de acordo com seu estilo de vida. 

Essa é uma ação simples e os colaboradores valorizam a liberdade e os benefícios de estarem onde quiserem, sem o stress do trânsito. Visualizando essa potencial tendência, algumas organizações já estão, inclusive, criando formas de mensurar a produtividade à distância.  

2- People Analytics

Cada dia mais, números de dados serão analisados para ajudar na gestão das pessoas dentro das organizações. E o People Analytics é uma ferramenta que permite essa prática e está no radar dos profissionais antenados às novas tecnologias do mercado.

Dessa forma, o profissional de Recursos Humanos sai de uma postura reativa para uma postura ativa em relação a vários desafios, tomando decisões mais assertivas, diminuindo o índice de erros e aproveitando os talentos da melhor forma.

Um case de sucesso na utilização dessa ferramenta é o da Nielsen, que queria entender o porquê das pessoas estarem deixando a organização. Por meio do estudo de cerca de 150 variáveis, 40% das pessoas foram transferidas de área e, com isso, o turnover diminuiu em 50%. 

3- Liderança estratégica

Já vimos anteriormente que a liderança tem papel primordial para que as organizações possam crescer de forma perene, com alcance de resultados, unidade, motivação, transparência, desenvolvimento e inovação.

A liderança permite uma coisa muito rica na organização, que é a troca de experiências. Ter líderes preparados para liderar de acordo com as novas estratégias da organização, é um passo fundamental para uma empresa coesa e forte.

4- Planos de carreira

Os planos de carreira tradicionais e lineares estão praticamente obsoletos e ultrapassados. O antigo modelo em Y, em que os profissionais decidiam se seriam técnicos ou gestores, será substituído pelo W.

Neste último, a tendência é que o conhecimento técnico possa ser atrelado à coordenação de pessoas, ou até mesmo a gestão de pessoas com trabalhos operacionais. Uma escolha não exclui a outra e isso colabora na retenção de talentos na organização.

5- Gamificação 

Estamos cada vez mais conectados com o mundo digital e a tendência é que, nas novas gerações de colaboradores, isso se torne ainda mais latente. Por isso, a gamificação é uma ótima estratégia para o desenvolvimento das pessoas na empresa. 

No mundo ágil e digitalizado, a forma de desenvolver pessoas não comporta mais as formas tradicionais de aprendizagem. Com a gamificação, o aprendizado pode ser promovido com inovação, competição, interação e criatividade. 

6- Bem-estar do colaborador

A produtividade é um elemento essencial para as organizações e sempre é uma pauta de discussão quando pensamos em alcance de resultados. No entanto, cada vez mais os profissionais de RH compreendem que ela envolve outros fatores.

Pensar no bem-estar (físico e emocional) dos colaboradores é visualizado agora enquanto a base para que haja engajamento, produtividade, motivação, redução do turnover e, por fim, um dos temas mais importantes: a segurança psicológica. 

Ter segurança psicológica nas empresas é proporcionar um ambiente seguro para que os colaboradores sejam quem verdadeiramente são, estando vulneráveis para propor ideias ou reconhecer que não sabem algo.

7- Teorização a partir da prática

Para que o desenvolvimento tenha eficácia, precisamos trazer os aprendizados para o “mundo real”. 

No universo digital, essa é uma prática intensificada quando falamos no desenvolvimento de pessoas. Ser ágil no mundo complexo significa teorizar a partir da realidade. 

Para isso, é preciso menos tempo planejando e mais tempo praticando. Especialmente neste momento em que estamos reinventando serviços e produtos, essa é uma forma rápida de verificar o que funciona. 

Trazendo isso para a aprendizagem, vemos que, hoje, devemos incentivar pequenas doses de conteúdo e, depois, focar em sua experimentação. Dessa forma, podemos ver o que dá certo ou não de acordo com a realidade do seu negócio.

8- Sala de aula invertida

Como transformar o conhecimento em sabedoria? A sala de aula invertida é uma forma de acelerar esse processo. Nela, disponibilizamos conhecimentos prévios para as pessoas e, na sala de aula, fomentamos a discussão e o debate. 

Essa estratégia nos permite aproveitar o momento da troca de experiências para provocar e refletir, tirando o máximo do aprendizado. 

Algumas pessoas já estão bem familiarizadas com essa prática e outras nem tanto. Especialmente agora, em que muitas práticas de treinamento e desenvolvimento migram para o digital, essa é uma prática essencial para manter a interação humana e a troca.

9- Lifelong learning

Cada vez mais, caminhamos para ciclos curtos de aprendizagem. Em um mundo ágil e em constante transformação, desenvolver-se de forma contínua é uma das maiores estratégias para quem quer se manter atualizado e preparado para novos desafios. 

Quando falamos sobre aprendizagem, o desenvolvimento contínuo é uma máxima. Adquirir novos conhecimentos e habilidades é uma jornada para a vida e não um processo finito. 

Distribuir pequenas peças de aprendizagem, aderindo ao microlearning, ajuda os participantes a criarem um ritual de desenvolvimento que pode ser trilhado individualmente depois. 

Essa é uma forma de rever saberes, habilidades e aptidões de forma customizada e contínua.

10- Personalização e aprendizagem colaborativa

Quanto mais conseguirmos personalizar e entender a necessidade de cada colaborador, mais assertivos podemos ser em sua jornada de desenvolvimento. 

Então, como personalizar o desenvolvimento para cada um dos participantes? Para conseguir maximizar o aprendizado, o blended learning é uma estratégia adotada em muitas organizações. 

Outra opção é uma jornada personalizada, na qual o participante pode escolher o que mais se enquadra em sua necessidade. Feedbacks individualizados também são essenciais para entender os próximos passos para o desenvolvimento específico de cada colaborador. 

Seja um profissional do futuro

Muitas já são as discussões sobre o RH ter um espaço na mesa em reuniões de grande importância para a empresa. Isso porque o RH deve estar envolvido na estratégia, visto que é a porta de entrada para o maior capital da empresa: as pessoas.

Sei que é desafiador implementar todas essas novidades dentro de uma empresa. Mas, como profissionais de Recursos Humanos, é nosso dever estarmos informados e atualizados diante das tantas tendências e novidades para os próximos anos.

Com esse olhar, identificamos o que podemos implementar na organização e qual o futuro de nossa profissão. 

A partir dessas novas tendências, a forma como guiaremos as ações de aprendizagem daqui para a frente também deverá ser remodelada. Para isso, você, profissional de RH ou T&D, precisa reinventar a jornada de desenvolvimento da sua organização, adaptando-as para o mundo digital.

Afinal, a pandemia mudou para sempre o futuro do desenvolvimento e você deve estar preparado!

Foi pensando nisso que construímos o treinamento RH e o Desenho de Jornadas Digitais. Nele, você saberá exatamente como redesenhar suas jornadas de desenvolvimento para uma abordagem 100% digital, preparando sua organização para superar os desafios do novo contexto.

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Por Renato Curi, sócio-diretor da Crescimentum