Certamente, você já deve ter ouvido inúmeras frases ou expressões clichês sobre Team Building, até certo ponto inúteis, mas que podem sim, nos colocar em reflexão se estivermos atentos e desejosos de aprender.

Falar sobre a construção de times que brilham juntos me faz lembrar de uma dessas frases que podem nos abrir um universo de possibilidades quando paramos para refletir sobre esse tema: 

“Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe”.

O autor é desconhecido, como na maioria dos clichês, mas estes, sempre vêm carregados de uma verdade não absoluta oriunda do senso comum e por isso, sábia.

Patrick Lencioni nos ensina em seu livro “Os 5 desafios das equipes” que para elevarmos um time para o nível de alto desempenho, é necessário que eliminemos as disfunções que atrapalham esse grupo no caminhar coletivo.

Fica então o desafio, de como fazer isso em meio a rotina e atribulações do dia a dia, garantindo que ações desse tipo façam parte integrante das dinâmicas de gestão de grupos.

Este artigo tem exatamente essa intenção: compartilhar meios de promover boas práticas de uma gestão inteligente e, por isso, eficaz, em meio aos dias conturbados e desafiadores, onde não temos espaço para derrubar nenhum pratinho enquanto outros estão girando enlouquecidamente em nossas mãos.

Seja bem-vindo, ó TEAM BUILDING, seu lindo!

Expressão cunhada na década dos anos 1970 e 1980, tem tradução livre para o português como “construção de equipes”, surgiu com o objetivo de tornar as equipes de trabalho mais eficientes.

Podemos dizer, grosseiramente, que o Team Building se refere a uma série de atividades utilizadas para criar e fortalecer as relações entre pessoas de um grupo.

Começou com atividades ao ar livre e veio crescendo agregando mais e mais experiências que levam os participantes ao desenvolvimento de competências que promovem o máximo valor do trabalho coletivo. 

5 caminhos para promover uma aprendizagem personalizada através do Team Building

A construção de times sólidos e que chegam mais longe quando eliminam suas principais disfunções, já não é mais um desafio que parece intransponível, mas uma realidade que está ao seu alcance.

Para te ajudar a entender como é possível levar essa abordagem para a sua realidade, a seguir vou explorar algumas regras de ouro quando o assunto é o planejamento e execução de um bom Team Building.

Com isso em mãos, é hora de agir, use e abuse das metodologias e literaturas que estão à serviço dessa famosa estratégia que ultrapassa as décadas sem cair em desuso ou ficar demodê.

Experimente um Team Building e todo o poder da personalização do aprendizado guiado e veja de perto o alcance do máximo potencial dos indivíduos que juntos, chegam muito mais longe.

1- Invista tudo o que puder na construção de vínculo e no fortalecimento das relações de confiança

Uma das maiores disfunções que impedem grandes times de entregarem grandes resultados é a ausência de confiança ou enfraquecimento dessas relações.

Garantir esse fortalecimento em poucas horas é sim um desafio, mas possível.

Para isso você precisa ir além, fazer com que as pessoas se conectem profundamente, conheçam a si e desejem conhecer o outro verdadeiramente. Invista em atividades desconectadas dos temas corporativos e super conectadas nos temas pessoais.

Exercícios como compartilhar grandes feitos na vida, grandes desafios superados, grandes aprendizados em momentos chaves, garantem a aproximação e geração de vínculo.

2- Promova momentos de reconhecimento da jornada até aqui, o senso de pertencimento é a chave do processo

Eu entrego mais e me sinto responsável por algo quando eu realmente me sinto parte daquilo.

Criar senso de pertencimento é chave em um processo de Team Building e pode fazer com que o indivíduo não apenas se sinta parte, mas principalmente, se responsabilize por aquilo, aflorando em si a “menina dos olhos” de qualquer gestor/responsável por um negócio – o famoso senso de dono.

Para isso, invista em atividades que façam com que o grupo revisite grandes feitos, grandes entregas, desafios superados, grandes números e projetos marcantes. Atividades como essa, promovem uma pausa estratégica de reconhecimento e valorização. 

3- Garanta uma agenda vazia e saia cheio ao final do encontro

Um buraco enorme que geralmente caímos quando vamos planejar um Team Building trata do enorme desafio de gerenciarmos de forma inteligente nossa ansiedade em fazer caber, dentro do evento, as expectativas e anseios que estão há meses represadas.

Com isso, corremos o grande risco de criarmos uma agenda lotada de atividades e dinâmicas que só servirão para dispersar a energia do participante, fazendo com que ele saia mais confuso que orientado.

Para isso, se concentre em planejar poucas atividades para o seu evento, com tempo de realização, de interação e com pausas programadas.

O Team Building deve ser intenso, mas não denso. Deve ser profundo, mas não pesado.

As pessoas precisam de tempo para trabalharem suas emoções e lembre-se, vocês estão revisitando o passado para fazerem novos acordos de futuro, isso exige espaço de fala e acolhimento, promova com isso com uma agenda mais vazia e garanta que as pessoas saiam transbordando do evento.

4- Qualquer dinâmica serve, desde que o debriefing da atividade seja profundo

Partindo do princípio de que o Team Building surgiu a partir da elaboração e execução de atividades ao ar livre que promovem interação e solução de exercícios complexos, que testam diferentes competências nos indivíduos, muito se discute quando o tema é escolher quais atividades e dinâmicas de grupo levar para um Team Building.

Eu costumo dizer, com alto grau de segurança, que qualquer dinâmica serve, desde que as descobertas, reflexões e elaborações realizadas a partir destas sejam profundas.

Para que isso aconteça, o facilitador do Team Building deve adotar uma postura provocativa, que faça com que o participante reflita com muita seriedade e honestidade sobre os aprendizados de si ao se observar na atuação daquela dinâmica.

Entender o próprio funcionamento e os impactos que os nossos comportamentos causam no outro e nas relações de grupo é o primeiro e grande passo para a transformação da energia de um time.

5- Garanta a elaboração de acordos, rituais e combinados a partir das revisões elaboradas no evento

De nada adianta as descobertas de si e das dinâmicas das relações se não escolhermos fazer alguma coisa com isso.

Nunca, em hipótese alguma, saia de um Team Building sem ao menos a definição de alguns acordos.

Você não precisa necessariamente sair com um plano de ação 5W e 2H, ou ainda, com listas imensas de compromissos individuais ou coletivos. Elabore, consensualmente, quais são os grandes pontos de dor daquele grupo e escolha 2 ou 3 acordos que devem ser adotados a partir de então.

Deixar o grupo ciente e alinhado com esses acordos, vai gerar engajamento e ação imediata na resolução objetiva da disfunção que mais afeta a dinâmica das relações daquele time.

Chegou a hora de vivenciar na prática o poder do Team Building

Eu desejo que com essas dicas você possa planejar e executar um Team Building de muito sucesso e com isso, colha os frutos e ganhos inestimáveis que essa estratégia promove.

Saiba que nós da Crescimentum, como especialistas nesse tipo de evento, estamos aqui para te ajudar a alcançar resultados extraordinários que promovam alto nível de consciência individual e coletiva. Clique aqui para saber exatamente como podemos te ajudar!

Aliás, vamos falar sobre esse assunto no CBTD 2024. Passe no nosso stand e saiba ainda mais como construir equipes de alto desempenho.

Até a próxima!

Silvia Demarchi, consultora da Crescimentum