Para responder essa pergunta tão simples e, ao mesmo tempo, profunda, é preciso olhar para sua história de vida e encontrar as motivações que te trouxeram até aqui, refletir sobre quais foram os momentos decisivos em sua vida, que pessoas e experiências fizeram parte disso e, principalmente, qual o significado que você dá a estes eventos.

Segundo Stephen Covey, não somos produto do nosso passado ou de nossa genética, tampouco somos resultado do tratamento que recebemos das outras pessoas que, sem dúvida, nos influenciam, mas não determinam quem realmente somos.

De fato, nossa biologia não determina nossa biografia, porque esta, nós escrevemos todos os dias através do poder de
nossas escolhas. Eu posso escolher ser um líder inspirador, que se conhece, que valoriza e potencializa seus
talentos, que reconhece suas vulnerabilidades e, por não temê-las, tem a liberdade e segurança de expô-las, pedir ajuda e se completar em sua equipe, ou ser um líder “super-herói”, que trabalha para ter seguidores e não sucessores.

Qual é a sua escolha? O que te motiva a liderar? Como a sua equipe o vê? Que diferença você faz na vida das pessoas que trabalham com você? Responder essas perguntas é fundamental para encontrar um propósito, não só na sua
liderança, mas em tudo o que você se propõe a fazer.

Como menciona Kopp, “descubra o que o apaixona e inspire os outros a se unir à causa”. Liderança não é um destino, mas um caminho, uma jornada árdua, longa, sem atalhos, que envolve sacrifícios, doação e, deixar o seu ego em segundo plano.

As pessoas precisam ver em você alguém que pode fazê-las chegar em um lugar, o qual sozinhas elas não conseguiriam. Esse é um dos desafios da liderança, e para isso é preciso querer percorrê-lo, encontrar um sentido nessa caminhada, ser guiado por uma bússola, que vai lhe dar um norte e uma direção.

Essa bússola, segundo Bill George se baseia no que mais importa a você, os seus valores mais caros, suas paixões e motivações, suas fontes de satisfação na vida. Liderança é uma jornada que começa pelo lado de dentro, por isso, antes de conhecer e liderar outras pessoas, é preciso fazê-lo a si mesmo, por meio de autoconhecimento e autoliderança.

Respeitar e honrar sua história, enxergar as lições aprendidas com os sucessos e fracassos, ser resiliente para recomeçar, expandir seus talentos, e se orgulhar da pessoa que você vê todo dia no espelho.

Por Renata Furlan, trainer da Crescimentum