Quiet quitting é o assunto da vez. TikTok, Instagram, LinkedIn… De um jeito ou de outro, o tema vem à tona.
Mas o que significa para organizações e lideranças?
Neste artigo, trago tudo o que precisa saber sobre esse conceito que vem ganhando destaque no mercado. Vamos lá!
O que é quiet quitting?
Antes de mais nada, vamos esclarecer que a tradução ao pé da letra não vem ao caso. Quiet Quitting nada tem a ver com se demitir silenciosamente.
Na verdade, o termo significa não fazer nada além da obrigação, limitando as tarefas profissionais apenas ao que está definido na descrição da função.
Em outras palavras, a “demissão silenciosa” é sobre fazer o mínimo que puder para concluir o trabalho necessário.
E por que isso? A causa é nobre: para evitar o burnout, não trabalhando mais horas do que o necessário.
E de onde o termo surgiu?
Assim como a Grande Renúncia, o Quiet Quitting também traz à tona algumas importantes reavaliações sobre trabalho e carreira.
E pra entender porque o conceito ganhou força, precisamos voltar um pouco no tempo.
Assim que a pandemia estourou, grande parte das empresas tiveram que se reinventar e aprender a trabalhar no modelo remoto.
Como consequência disso (e da falta de preparo), o limite entre vida pessoal e profissional se perdeu e casos de burnout, depressão e ansiedade aumentaram.
Apesar das vantagens e flexibilidade, no modelo remoto também pode ser mais desafiador se desconectar do trabalho, não é mesmo?
E vamos combinar que isso não é nenhuma pauta nova, mas a linha invisível entre trabalho e casa ajudou a aumentar o estresse e a sobrecarga para muitos profissionais.
Justamente por isso, como defende Benjamin Granger, Chief Workplace Psychologist na Qualtrics, desistir silenciosamente pode ser uma maneira de proteger a saúde mental numa cultura de trabalho tóxica.
Como evitar o quiet quitting na equipe
Na contramão do “trabalhe enquanto eles dormem”, a demissão silenciosa vem pra mostrar – e relembrar – que as relações de trabalho já não são mais como antes e as empresas precisam se adaptar a isso.
Afinal, hoje o mundo pede por organizações e lideranças humanizadas, que entendam os limites da saúde mental.
Mas, ao mesmo tempo, o movimento também é preocupante. Pense aí: na sua equipe tem pessoas que estão “quiet quitting”? O que isso diz sobre a liderança? Será que na sua organização e equipe existe espaço para falar de saúde mental e equilíbrio? Será que existem acordos que promovem o equilíbrio?
Por isso, conversas de carreira com a liderança nunca foram tão relevantes e urgentes como agora.
O resumo dessa história é que a demissão silenciosa mostra que, de um lado, as pessoas não querem mais participar das relações de trabalho como elas eram e, de outro, chama a atenção para o desenvolvimento pessoal.
Não ir além e se desafiar pode te manter numa zona de conforto, mas vamos combinar que não é nessa zona que as melhores soluções acontecem.
O grande desafio está em achar o equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.
Espero que esse conteúdo tenha te ajudado a entender melhor esse tema tão em alta.
E se conhece profissionais que também precisam ficar por dentro e tirar algumas dúvidas sobre o termo, já compartilha com eles.
Até a próxima!
Por Dan Porto, Sócio-diretor e Head de coaching e mentoring