A essa altura do campeonato, você já deve ter entendido que ESG é um tema que veio para ficar. 

Mas caso ainda não saiba, o conceito se refere a práticas mais sustentáveis, no âmbito ambiental, social ou de governança.

Quando falamos em ESG, estamos falando de organizações que além de estarem preocupadas com a sustentabilidade do planeta, têm a consciência da sua responsabilidade na transformação da sociedade.

Mas onde o RH entra nesse jogo? Neste artigo, falo sobre o papel estratégico que o RH deve assumir para apoiar a construção de uma cultura ESG verdadeira. Vamos lá?

ESG e humanização

Antes de mais nada, você precisa saber que o papel estratégico do RH na construção de uma cultura ESG é algo inspirado na gestão de cultura por valores e na criação de uma gestão, transformação e investimentos nas relações humanizadas. 

Aqui destaco a gestão de cultura por valores, já que ela é feita dialogando com nada mais, nada menos que as necessidades humanas!

Quando Richard Barrett desenhou o modelo dos estágios de desenvolvimento psicológicos, baseado na hierarquia das necessidades de Maslow, ele se apoiou nos 4 níveis iniciais, que apontam para as necessidades básicas e fundamentais dos indivíduos:

  • Sobrevivência
  • Pertencimento 
  • Autoestima

Mas quando olhamos para aspirações humanas em que Maslow define como realização pessoal, Barrett amplia para 3 níveis que representam:

  • Se expressar genuinamente
  • Se conectar
  • Contribuir

Na realidade, encontramos um espaço que é a conexão que as pessoas têm com o propósito de vida e que nada mais é do que, ao encontrá-lo, ter a capacidade de se conectar e se colocar a serviço dos outros. Isso é humano, evolutivo e profundo. 

Estudando sobre o tema, uma coisa fica muito clara: como as pessoas valorizam em se conectar com organizações que sejam socioambientalmente responsáveis e que contribuem para um mundo melhor!

E isso porque esse é o seu mais genuíno e verdadeiro senso de propósito enquanto ser humano. 

De uma maneira geral, as aspirações das pessoas fazem com que elas queiram trabalhar em organizações que ajudem a mudar o mundo e contribuam com a evolução do planeta. 

As pessoas querem se orgulhar e trabalhar em organizações que oferecem para a sociedade melhoria da qualidade de vida.

O que o RH tem a ver com a cultura ESG?

Entende onde quero chegar?

Você pode estar pensando em tudo que ESG representa e sim, um pedaço dele é regulatório, com todas aquelas legislações que as empresas são obrigadas a atender. Mas o nosso grande foco aqui é o outro lado! 

É a base filosófica que pode conectar o grupo social, que forma uma organização, para que ela seja genuinamente ESG, não apenas em suas práticas, mas no seu espírito! As práticas virão como uma consequência natural, acreditem: essa é a parte mais fácil.

Nesse contexto reside o papel do RH em olhar e cuidar das organizações na perspectiva de conectar a parte humanista das relações e desenvolver uma cultura ESG, falando aos corações e mentes das pessoas.

Então, quando olhamos para dentro das organizações, enquanto a alta liderança conecta a empresa aos objetivos e necessidades estratégicas do negócio, quem tem o papel, conhecimento e vocação de relacionar e conectar tudo isso às relações humanas, é o RH.  

Por isso, gosto de dizer que RH estratégico é aquele capaz de compreender qual é a dinâmica estratégica do negócio e conectar as pessoas e as suas necessidades com as necessidades estratégicas do negócio. 

Essa é a importância do papel do RH para uma organização SER ESG. Ser ESG no seu espírito, na sua causa, e no seu propósito: é conectar tudo isso às pessoas!

E aí, está conseguindo fazer essa conexão por aí? 

Espero que tenha gostado do conteúdo! Já aproveite para compartilhar com outras pessoas que também precisam saber mais sobre o tema.

Até a próxima!