É fato que o termo ESG evoluiu rapidamente. Por outro lado, embora seja um tema em alta, ainda há uma certa dificuldade em compreendê-lo e de encontrar maneiras de refletir mudanças positivas na organização e sociedade. 

Por isso, no último Manhã com RH, estive ao lado de Juliana Nunes, Executiva de ESG e Comunicação, e Fábio Rocha, Diretor Executivo da Damicos Consultoria, para compartilharmos experiências e boas práticas sobre o tema “ESG, Pessoas e Cultura Organizacional”. 

Neste artigo, você encontra os principais insights desse encontro, 3 benefícios de se aplicar o conceito na sua organização e 3 formas de tangibilizar o tema. Confira!

Por que falar de ESG?

Cada vez mais, a sustentabilidade tem deixado de ser um diferencial para se tornar uma condição. Isso porque, além de gerar um impacto positivo na sociedade como um todo, estudos mostram que cuidar de questões sociais, ambientais e de governança gera um impacto positivo nos negócios.

Segundo a PwC, 91% dos(as) líderes acreditam que sua empresa tem responsabilidade de agir em questões ESG e 86% das pessoas preferem apoiar ou trabalhar em empresas que se preocupam com as mesmas questões que elas.

Mas o que isso significa para o RH? Significa que a grande missão da área é fazer com que a organização conheça e entenda sobre esse tema, sensibilizando líderes para que ações sejam cascateadas para toda a empresa.

É fundamental que toda a organização esteja envolvida com o tema, mas líderes desempenham um papel crucial nesse processo.

Sendo uma pauta tão impactante, por que muitas organizações ainda não trabalham o conceito? 

No evento, aplicamos uma pesquisa com cerca de 300 profissionais de RH e líderes e descobrimos que os maiores desafios em relação ao tema são visão sistêmica e mindset.

Por isso, Juliana Nunes, Executiva de ESG e Comunicação, trouxe 3 maneiras de tangibilizar o tema, que você verá a seguir.

3 formas de tangibilizar práticas ESG 

Um detalhe muito importante sobre ESG é entender que nenhuma letra é mais importante que a outra. Para que o conceito seja trabalhado de forma efetiva devemos olhar para as três esferas em conjunto

Mas como toda organização precisa de dados tangíveis, o meio ambiente se torna uma ótima maneira de vivenciar o tema. Por isso, separei algumas ações que podem te ajudar a medir quão madura sua organização está com ESG:

1- Básico

Esta fase está relacionada ao cumprimento às legislações obrigatórias como uso de recursos naturais, emissões atmosféricas e destinação de resíduos sólidos e outros.

São coisas relativamente simples, mas que ajudam a medir a operação interna, além de apoiar no engajamento dos/as colaboradores/as em entender melhor o tema.

2- Intermediário 

Neste nível estão aquelas boas práticas que vão além de obrigatórias. Envolve um sistema de gestão ambiental completo, relatório de sustentabilidade GRI, análise de ciclo de vida e Certificação externa ISO 14001. Todas essas práticas ajudam a identificar pontos de melhoria para manter os padrões de excelência.

3- Avançado

Depois de atender as obrigações, a organização passa a ter um propósito, ou seja, consegue abraçar causas mais amplas e de maior magnitude. 

Este nível de maturidade envolve um compromisso com a redução de impactos ambientais, adesão aos ODS, antecipação de tendência para decisões de negócio e desenvolvimento de uma economia circular.

3 benefícios de uma cultura ESG

Agora que você sabe porque esse é um tema tão importante e como reconhecer o que sua empresa tem feito sobre, é hora de conhecer alguns benefícios que surgem ao trabalhar a temática: 

1- Crescimento de receita

Uma sólida proposta de ESG ajuda empresas a explorarem novos mercados e expandir aqueles em que já atuam. Quando a organização opera com responsabilidade, gera confiança e tem maior probabilidade de obter sucesso na aprovação de projetos.

Sem falar da percepção do/a consumidor/a: uma pesquisa da McKinsey mostra que clientes estariam dispostos/as a pagar mais para “se tornarem sustentáveis”.

2- Redução de custos

A McKinsey realizou um estudo e descobriu que existe uma correlação significativa entre melhor gestão dos recursos e performance financeira. Ou seja, implementar e executar práticas ESG de forma eficaz pode ajudar a diminuir custos operacionais.

3- Aumento da produtividade

Práticas ESG também são benéficas para as equipes. A aplicação do conceito pode ajudar organizações a atrair e reter pessoas, motivar times, criar um senso de propósito e aumentar a produtividade em geral.

 

E então, gostou do conteúdo? Ao longo do Manhã com RH, falamos muito sobre como as iniciativas em ESG estão atreladas às ações de cultura.

Afinal, sem uma cultura que realmente se conecte com esse objetivo estratégico, não é possível engajar as pessoas, ter o apoio da liderança e chegar a resultados satisfatórios.

Na Crescimentum, contamos com uma área de gestão da cultura organizacional e, em 18 anos, já ajudamos diversas organizações a potencializarem seus resultados por meio de uma gestão da cultura mais consciente e realmente capaz de aumentar a produtividade e gerar resultados excelentes. 

Além disso, também oferecemos uma trilha completa de cursos abertos na área de cultura para quem quer entender mais sobre o tema. Clique aqui e conheça! 

Espero que tenha gostado e que esse artigo possa te ajudar a entender melhor sobre um tema tão importante para a sociedade e organizações. Aliás, você pode acessar a transmissão do Manhã com RH a qualquer momento, é só clicar aqui!  

Por Gui Marback, sócio-diretor e Head de Cultura Organizacional da Crescimentum