Grandes líderes mobilizam, inflamam paixões, inspiram o melhor das pessoas e ajudam e cuidam da saúde mental das equipes. 

E por mais a gente tente racionalizar, vamos perceber que isso não acontece por meio de estratégias, ferramentas ou ideias mirabolantes. Acontece por meio de relações e emoções.

É por isso que uma das principais competências de liderança, foi, é, e continuará sendo a Inteligência Emocional, a capacidade de canalizar as emoções coletivas em uma direção positiva e de dissipar o nevoeiro produzido por emoções “tóxicas”.

Aqui, você confere o que é uma liderança ressonante e dissonante, como cada uma impacta diretamente as pessoas, e de quebra, 6 dicas para se tornar um líder que cuida da saúde mental das equipes!

Líder ressonante x Líder dissonante

A liderança ressonante é aquela que estimula emoções positivas nas pessoas e as leva a estados emocionais mais produtivos, aumentando o nível de felicidade, senso de pertencimento, engajamento e desempenho.

É aquela que constrói verdadeiras relações de confiança, é empática e se esforça para se conectar com os sentimentos do outro, mesmo quando isso não faz sentido para ela. 

Além disso, usa motivadores intrínsecos como valores, propósito, visão de futuro para gerar maior engajamento. 

Já a liderança dissonante é aquela que atua de maneira oposta, provocando emoções tóxicas que tende a impactar negativamente o estado emocional e desempenho das pessoas. 

O líder dissonante busca manter distância emocional, usa o medo como estratégia e prefere motivadores extrínsecos como dinheiro e status para aumentar o engajamento das pessoas.

Mas te mostrar como isso é na prática, The Leadership Quarterly tem uma pesquisa muito bacana nessa área.

Ela submeteu pessoas a exames cerebrais e pediu para que elas lembrassem de líderes dissonantes e ressonantes. 

O resultado não fugiu do esperado!

Ao lembrar de líderes ressonantes, o cérebro ativou circuitos associados a empatia, relações humanas, conexão social e inspiração, além de aumentar a capacidade cognitiva. 

Por outro lado, quando lembraram de líderes dissonantes, o cérebro inibiu circuitos de empatia e relações humanas, e diminuiu a capacidade de raciocínio lógico e analítico.

Por isso, se estamos realmente interessados em construir um mundo melhor, precisamos de organizações que sejam conduzidas por líderes ressonantes, conscientes de que tem gente atrás do crachá.

6 dicas para se tornar um líder ressonante 

Aqui vão algumas dicas práticas para tornar sua liderança mais ressonante, e ajudar a construir uma organização anti-burnout. 

1- Construa relações de confiança

A base da liderança são os relacionamentos e o alicerce de bons relacionamentos é a confiança. Portanto, antes de qualquer outra coisa, priorize essa construção. 

Seja um líder mais confiante, mais confiável e confia nas pessoas. Demonstre honestidade, integridade e transparência em suas ações.

2- Exercite a empatia 

Empatia é essencial para quem lidera.

As pessoas passam por situações pessoais e profissionais que podem afetar seu rendimento, especialmente se não se sentirem compreendidas e acolhidas. Por isso, demonstre interesse genuíno pelas pessoas.

3- Desperte emoções positivas nas pessoas

Reconheça e elogie as pessoas. Repare o que estão fazendo de certo e não apenas os erros. 

Se for preciso corrigir alguém, faça no privado e com respeito. Vibre e celebre com as conquistas – grandes ou pequenas – das pessoas e da equipe. 

Comunique com transparência e respeito, alinhando expectativas. Coloque gente na agenda, dedique tempo para ouvir genuinamente as pessoas e leve em consideração as ideias, opiniões e pontos de vista. 

4- Busque ser exemplo daquilo que deseja construir 

Ser exemplo não significa ser perfeito, porque ninguém é.

O ponto aqui é que é muito importante que o líder demonstre, pelo menos, estar se esforçando para aperfeiçoar os comportamentos e atitudes que deseja ver em sua equipe. 

Lembre-se: palavras movem, exemplos arrastam. 

5- Demonstre vulnerabilidade 

Muitos líderes ainda não entenderam que vulnerabilidade não significa sair pelos quatro cantos da organização gritando: “eu som bom nisso, mas sou ruim nisso!”

Demonstrar vulnerabilidade significa aceitar nossa condição humana e imperfeita e permitir que as pessoas que saibam com quem estão lidando. 

A vulnerabilidade nos torna mais humanos. Ela permitir pedir e oferecer ajuda, dizer “não sei”, e perguntar quando não sabemos algo.  

6- Construa um ambiente de Segurança Psicológica 

Segundo Amy Edmondson, segurança psicológica é a crença compartilhada de que numa equipe é possível trazer o verdadeiro “eu”, sem máscaras ou personagens, que é possível correr riscos interpessoais, sem medo de punição.

Construa um ambiente onde as pessoas se sintam incluídas e pertencentes, dispostas a experimentar coisas novas, errar e a aprender com seus erros e que tenham liberdade para desafiar o status-quo.

Dê o primeiro passo

Percebe como o sucesso na liderança hoje tem mais a ver com habilidades humanas do que técnicas? Isso significa que para uma organização ser bem-sucedida, ela precisa colocar as pessoas em primeiro lugar. Desafiador, não é mesmo?

Mas aqui vale o lembrete: líderes têm o poder e a responsabilidade de mudar o jogo! Por isso, Agora é sua vez de refletir que tipo de líder quer ser!

E se quiser uma ajuda para construir uma organização mais forte e saudável, clica aqui pra conhecer o nosso programa de Liderança Anti-Burnout, desenvolvido justamente para preparar líderes para lidar com esse desafio.

Espero que tenha gostado do conteúdo, mas se tiver alguma dúvida, será um prazer conversar com você no meu LinkedIn.

Liderar pessoas exige e envolve muito. Então, já aproveita e compartilha esse conteúdo com outros profissionais que também precisam saber mais sobre liderança!

Por Marco Fabossi, sócio-diretor da Crescimentum