Acompanhei conteúdos incríveis no CONARH 2023, o maior congresso de recursos humanos do Brasil, que reúne profissionais de todo país e palestrantes nacionais e internacionais.

Este ano, a 49ª edição veio com um tema muito especial: repensar o hoje em uma realidade plural.

Pra te dar um pequeno spoiler do que rolou e te deixar com a “pulga atrás da orelha”, já adianto que fui convidada diversas vezes a refletir sobre os modelos tradicionais de gestão e sobre a importância de ações inclusivas que valorizem a diversidade e a individualidade das pessoas.

Para te ajudar a também repensar por aí e te deixar por dentro de tudo que rolou no CONARH 2023, aqui vou reunir os principais insights que tive durante o evento. Vamos começar?

1- Transformando organizações por meio da D&I

Já passou da hora das organizações encontrarem caminhos para incluir mais pessoas dentro das organizações. Concorda?

Em muitas palestras que acompanhei, a mensagem foi clara: precisamos buscar formas de construir palco para quem nunca teve, dialogar com respeito e coerência com quem, até pouco tempo, não sabia que podia pertencer sendo quem realmente é. 

Essa é uma necessidade do mercado, das empresas, da sociedade  e, acima de tudo, das pessoas que fazem com que as organizações voem ainda mais longe.

As discussões de ESG clamam pela ampliação da nossa consciência e um despertar para o coletivo. O meu existir, como CPF ou CNPJ, na Avenida Paulista, Faria Lima ou qualquer pólo de referência de negócios da sua região, precisa coexistir com a vida digna e próspera de CEPs diversos e, mais do que isso, precisa incluir e contemplar CEPs diversos, porque essa é a base para uma sociedade que evolui de maneira sustentável.

O lembrete que fica é: mesmo quando a empresa tem um programa de D&I estruturado, alguns problemas irão surgir, e está tudo bem, esse é um processo natural. Mas as iniciativas só vão para frente se a liderança estiver envolvida e engajada com a pauta.

Afinal, enquanto o tema não for discutido como algo relacionado aos negócios, no centro da estratégia, dificilmente as ações que queremos colocar em prática serão sustentáveis.

E aí, bora promover essa mudança tão necessária?

2- RH 5.0 + humanização

Dando algumas voltas no evento e acompanhando algumas palestras, o que ficou mais vivo foi a importância de olharmos para o passado para entendermos o futuro.

Hoje, não existe mais espaço para um RH que olha apenas para as tarefas operacionais e burocráticas como se fazia antigamente. 

Agora, mais do que nunca, precisamos separar momentos na agenda para olharmos para as pessoas e promover a humanização utilizando a tecnologia. É a era do RH 5.0!

Se engana quem acredita que é impossível fazer isso com o apoio da inteligência artificial.

Na verdade, uma grande reflexão que o CONARH 2023 trouxe foi que, quando utilizamos novas tecnologias para executar tarefas burocráticas e repetitivas, isso é possível! Assim, conseguimos ter mais tempo para pensar criativo e provocativo, revolucionar os negócios e transformar quem de fato importa: as pessoas.

Por isso, não podemos esquecer que ser um RH data driven – ou estratégico – não é colher todas informações sobre tudo que acontece na empresa, mas é sobre usar esses dados de forma inteligente, suportando a tomada de decisão, antecipando cenários, estabelecendo estratégias e construindo o futuro.

3- Redefinindo o futuro: IA, pessoas e negócios

E já que falamos dela, olha ela aqui de novo: a inteligência artificial!

Que ela veio pra revolucionar os negócios e as relações, isso ninguém duvida, não é?

Durante os três dias de evento a mensagem foi clara: precisamos abraçar a IA e encontrar formas de integrá-la ao nosso dia a dia. Seja por meio de automações de processos, personalização, desenvolvimento de produtos ou até mesmo na área de T&D.

Falamos aqui do uso intencional, planejado que só pode ser feito por quem se aproxima e aprofunda no tema. Caberá ao RH apoiar as áreas mais impactadas, identificar os impactos nas pessoas, na cultura e atuar para criar condições favoráveis para a integração do humano com o digital.

O ponto aqui é: essa poderosa tecnologia veio pra ficar e não há pra onde correr.

Se você quer que a sua organização abra as portas para o futuro, é preciso aproveitar ao máximo o potencial da inteligência artificial. O que você tem feito sobre isso? Se a resposta foi nada, talvez seja hora de começar….

4 – Tendências e futuro: mais humano do que nunca

Conexão, integração entre o digital e o humano, repensar o hoje em uma realidade plural.

Tudo isso pede a nós o que temos de mais abundante: humanidade! E, para isso, as conhecidas soft skills, ou como gostamos de falar human skills, serão cruciais.

Autoconhecimento, escuta e empatia, habilidades humanas potentes, que são a base para ambientes saudáveis e inclusivos, nos quais as pessoas podem ser elas mesmas, desfrutando de saúde mental e felicidade, outro tema bastante presente na agenda do Congresso.

Utopia ou realidade? As human skills são, sem dúvida, uma resposta poderosa para ampliar a liderança humanizada e tornar as organizações mais resilientes.

Precisamos ser flexíveis para navegar por esse ritmo contemporâneo, manter relações fluídas, ampliarmos o olhar para inclusão e, com isso, criar conexões que ampliem o propósito e sentido.

Me conta, o que você fez hoje para construção de uma realidade plural?

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Até mais.

Por Aline SIlveira, Gerente de Design de Aprendizagem na Crescimentum