Aparentemente, hoje o sonho de muita gente é prever o futuro. Digo isso porque nunca se falou tanto sobre o futuro do trabalho quanto hoje! Mas afinal, afinal de contas, o que isso envolve e como se preparar?
Preparamos um Manhã com RH especial para falar sobre esse tão famoso “futuro”, levantando temas que rodeiam a pauta e que precisam estar no seu radar.
Aqui, você confere os principais insights dessa manhã e o seu papel nesse cenário. Vamos em frente!
Insights ATD e Learning Technologies: principais tendências de T&D do mundo
Trazendo insights sobre alguns dos maiores eventos de T&D do mundo, Carol Manciola, nossa diretora, e Eduardo Santos, General Manager da Hult EF Education, brilharam.
E se teve um ponto em comum nesse bate-papo foi a aprendizagem.
Diretamente de Londres, Eduardo falou sobre o Learning Technologies, a principal vitrine internacional de tendências sobre aprendizagem organizacional e tecnologia de aprendizagem, que conta com mais de 9.000 participantes de 50 países diferentes..
Logo de cara, Edu trouxe uma frase do Thiago Mattos que nos marcou: quem não pensa sobre o futuro resolve o presente com ferramentas do passado.
Já a Carol levantou um detalhe muito legal sobre a ATD 2022: o evento que é dividido em trilhas deu uma grande atenção a trilha de design de aprendizagem esse ano.
Vamos combinar, se você der um google, você encontra infinitos conteúdos sobre diversos assuntos, né?
Mas o grande desafio é como despertar nas pessoas a vontade de aprender.
As pessoas aprendem de formas diferentes, dependendo do interesse e até do conteúdo, você pode ir mais um lado que outro.
E aqui a personalização se conecta com a diversidade, porque é sobre olhar para o indivíduo.
Você pode estar com a cabeça borbulhando “e como é que olho pro indivíduo em uma organização com tantas pessoas?”
Carol levantou uma reflexão incrível sobre isso. Em algum momento é preciso fazer escolhas! O movimento de paralise, aquele de dúvidas e medo de errar acontece, mas cuidado!
Se tem uma coisa que empresas têm precisado é de inovação e isso requer testar rápido, erra rápido e corrige rápido.
Como o Edu ressaltou, precisamos entender os diferentes espectros da diversidade para conectar tudo isso com a capacidade de escalar a aprendizagem. E é aí que entra a tecnologia.
Carol e Edu também comentaram sobre o tal do People Analytics focando em análise de resultado.
O mais legal dessa parte é como ATD e Learning Technologies abordaram que o resultado de um programa de treinamento não está somente no retorno financeiro, mas no impacto que ele causou.
Porque, como enfatizou Carol: o conteúdo é commodity, o grande desafio está na conexão. Só aquilo que nos toca, nos modifica.
Se você quer transformação, você precisa de conexão. E isso só acontece usando a tecnologia e o fator humano a nosso favor.
E aí, está a pergunta chave: como o RH ou T&D, em cada ação educacional, faz as pessoas serem tocadas para realmente mudarem?
Liderança e a construção de segurança psicológica nas equipes
Seguindo a programação, Fabossi chegou para falar sobre nada mais, nada menos que segurança psicológica.
Pauta quente: uma pesquisa da Closecare tem circulado no LinkedIn revelando que os afastamentos por transtornos mentais crescem 30% desde 2020.
Para introduzir o tema, ele trouxe alguns motivos do porque falar sobre isso e eu separei 4 aqui:
1- Precisamos falar de segurança psicológica, porque um ambiente de insegurança produz medo e o medo tende a bloquear a criatividade, a inovação e o crescimento. Percebe como o mundo que vivemos agora pede – e grita – exatamente por essas habilidades?
2- Porque a saúde mental piorou – e muito – aqui no Brasil. 53% dos brasileiros têm sofrido com isso. Obs.: cuidado! Segurança psicológica não é a cura para saúde mental.
3- O mundo caminha rumo a um estado mais rápido, digital, exponencial, ágil e tecnológico. Na contramão, quanto mais isso acontecer, mais humanizada e empática a liderança precisa ser.
4- Por último, mas não menos importante, precisamos falar sobre segurança psicológica porque o mundo está descobrindo que a alta performance é resultado de dois fatores: resultados + clima.
Mas, antes de continuar, vamos falar sobre o que é, de fato, segurança psicológica?
Segurança psicológica é a crença compartilhada entre as pessoas de uma equipe que acreditam que podem se expressar com liberdade e assumir riscos interpessoais sem medo de punição.
Dito isso, Fabossi apresentou 3 pilares que consideramos essenciais para ambientes psicologicamente seguros:
1- Tem muita gente atrás do crachá
2- A gente precisa de gente para ser gente
3- Ninguém muda ninguém, mas ninguém muda sozinho
Mas vale lembrar que antes de cada uma dessas premissas tem algo básico e essencial: respeito ao ser humano.
Ele também trouxe 5 maneira de como construir segurança psicológica na sua organização:
1- Revisite e fortaleça a cultura em direção à confiança.
2- Conscientize todos os níveis da organização sobre a importância do tema.
3- Faça um levantamento do “estado” de cada equipe, identificando suas fortalezas e fraquezas.
4- Desenvolva programas para potencializar os pontos fortes e corrigir os pontos fracos das equipes.
5- Promova conversas abertas e constantes sobre aprendizados, dificuldades, erros, sucessos e fracassos.
Já anota essas dicas!
The Great Resignation: um chamado para cuidar da cultura
Para encerrar o evento, ele: Gui Marback falando sobre cultura e a Grande Renúncia.
A essa altura, imagino que você já saiba do que se trata a Grande Renúncia. Mas só por garantia, the Great Resignation é sobre o aumento das demissões voluntárias no mundo.
Mas como o Gui bem colocou: não é desistir do trabalho, é desistir do formato de trabalho.
E que desistência!
Uma pesquisa da PwC mostra que 88% das empresas estão enfrentando um turnover superior ao de 2020. E um estudo da GPTW apontou que, enquanto 59% das empresas pretendem crescer seus times em 2022, 68% delas estão com dificuldade de preencher as vagas.
E por que isso acontece? Já temos falado há um tempinho, mas o grande lance é que hoje as pessoas não estão mais focadas somente em benefícios financeiros.
A Gallup tem uma pesquisa que mostra que 63% das pessoas deixam as empresas por motivos não-financeiros.
Relacionamento com a liderança, falta de autonomia e cultura organizacional são alguns dos maiores influenciadores dessa decisão.
Ou seja, se tem algo que você precisa olhar é para a saúde organizacional!
Como o Gui compartilhou, quando falamos de organizações saudáveis, estamos falando sobre organizações que têm um grupo executivo coeso, que consegue dar clareza para a empresa, fortalece essa clareza, divulga e amplia o nível de previsibilidade e expectativa.
Mas para que isso aconteça é necessário ter uma cultura e identidade muito bem definidas. A organização como um todo precisa ter na ponta da língua o porquê da empresa existir, o que é feito para entregar esse propósito, onde ela quer chegar e como isso é feito.
Gui também apresentou uma pesquisa muito bacana da KPMG feita com alguns estudantes que enfatiza que, cada vez, as pessoas querem se conectar com organizações socioambientalmente responsáveis e que tenham um forte senso de propósito.
Agora fica a reflexão: será que o problema é a tal da lealdade da nova geração ou será que são as organizações que não estão sendo capazes de promover um espaço em que as pessoas podem se conectar porque entendem o significado de trabalhar ali e se desenvolver?
E aí, o que achou do conteúdo? Essas pautas já estavam na sua agenda?
Se quiser assistir a transmissão completa e pescar mais alguns detalhes, aqui está:
Ah, lá nosso Canal do YouTube você também consegue acompanhar toda a cobertura da ATD 2022, diretamente de Orlando.
Aproveita para compartilhar com outros profissionais.
Até a próxima!
Por Bruna Pratali, Content Manager da Crescimentum